VIVAS

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Baidu vai lançar bicicleta elétrica totalmente movida à força humana

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Espécie de "Google da China", o Baidu também pretende ser muito mais do que um site de buscas, uma vez que investe cada vez mais em inovação. Prova disso foi apresentada nesta semana, quando a empresa anunciou que lançará uma bicicleta 'inteligente'.
A "Dubike" tem vários recursos tecnológicos e um design pensado em parceria com a Universidade de Tsinghua. A bicicleta é equipada com tecnologia elétrica regenerativa e vários dispositivos úteis à saúde humana. Ela acompanha batimento cardíaco, quantidade e pressão das pedaladas e conta com outros sensores, que se conectam a um aplicativo para smartphone.
Como converte energia cinética em elétrica, a Dubike dispensa a tomada para usar todos esses recursos e ainda pode carregar o smartphone de quem estiver pedalando.
Essas informações são usadas para monitorar a saúde do usuário, encontrar as melhores direções para seu destino, localizar a bicicleta a distância, recomendar rotas ideais para ciclismo e programas de treinamento via redes sociais.

Sem tomada
Como converte energia cinética em elétrica, a Dubike dispensa a tomada para usar todos esses recursos e ainda pode carregar o smartphone de quem estiver pedalando. Contudo, segundo informou o Engadget, ainda faltam dados sobre funções elétricas, mas ela deve ser uma bicicleta totalmente movida à força humana.
Também não foram divulgadas especificações técnicas como peso e medidas, tampouco o preço, data de lançamento e os mercados onde a Dubike será vendida.

Assista ao vídeo da inovação:


Fonte: EcoDesenvolvimento

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O Brasil pode ser líder em prédios verdes

Para o especialista, referência mundial em arquitetura sustentável, os países emergentes precisam ter pelo menos 20% do mercado imobiliário com selo verde


Especialista em construções verdes do International Finance Corporation (IFC) - braço do Banco Mundial para financiamento privado -, o indianoPrashant Kapoor lidera, desde 2010, as iniciativas da instituição em construção sustentável para mercados emergentes. A meta do IFC é atingir 20 países nos próximos sete anos - e fazer com que os edifícios verdes componham 20% do mercado imobiliário de cada um deles.

Por que é mais urgente pensar em soluções verdes para a construção civil hoje?
Cerca de 30% da energia produzida é consumida pela construção civil, o que inclui a fase de construção e o consumo posterior nas casas e nos escritórios. O mundo está cada vez mais urbanizado, e os países emergentes estão vivendo um boom de construções. Se deixarmos a chance passar, será muito difícil corrigir depois.

A ideia de que a sustentabilidade custa muito mais caro ainda vigora na construção civil?
Sim. Há uma percepção por parte da maioria de que uma construção sustentável custa 30% mais caro, mas, segundo o World Green Building Council, entidade global responsável por disseminar práticas sustentáveis de construção, o incremento no custo oscila de 0% a 4%.

O que o IFC tem feito para auxiliar os países em desenvolvimento nessa questão?
Uma das estratégias é financiar bancos para que eles concedam empréstimos e invistam diretamente em construções verdes. Desde 2009, investimos 600 milhões de dólares. O mais recente aporte, de 60 milhões de dólares, foi feito numa construtora de Minas Gerais, a Canopus. Ela também foi a primeira no Brasil a conquistar um selo verde que ajudei a criar, o EDGE. A conquista da certificação está vinculada ao uso de um software que permite uma economia nas obras de até 20% no uso de materiais como água e energia.

Já existem dois selos para a construção verde no mundo, o Leed e o Acqua. De que maneira mais uma certificação melhora o cenário?
No mundo inteiro, essas duas certificações têm como alvo empresas de grande porte. O EDGE nasceu para provar que companhias médias e pequenas também podem construir de maneira sustentável e se beneficiar disso.

O poder público pode incentivar a adoção de práticas sustentáveis na indústria da construção?
Os governos precisam criar os incentivos e dar o exemplo aplicando essas práticas nos próprios projetos. E o IFC tem ajudado autoridades a criar códigos de eficiência energética inteligente para suas construções.

Hoje, quais países são os melhores exemplos para edifícios verdes?
Na Europa, há leis que obrigam os edifícios a obter selos verdes, e isso transformou o mercado. No México, o setor financeiro tem desempenhado um papel central. Nos últimos quatro anos, 60% das hipotecas do país têm sido verdes - ou seja, seguem padrões sustentáveis.

E o Brasil?
O país tem uma grande oportunidade de se tornar um dos líderes nesse setor. A construção civil deverá crescer 20% até 2020 no Brasil, e estou convicto de que a adoção de critérios de sustentabilidade será um imperativo.

Fonte: Planeta Sustentável

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Eficiência Energética e Emissões de Gases de Efeito Estufa

O setor de transportes é um dos maiores responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa – GEEs e, portanto, em tese, oferece as maiores oportunidades para ações de mitigação.

Em diversos países, sobretudo naqueles de maior desenvolvimento, tem surgido e se consolidado programas de fomento à eficiência energética veicular, geralmente em associação à regulação de emissões. Esses programas definem metas mínimas de eficiência, ou máximas de consumo que devem ser seguidas pelos fabricantes. Por outro lado, a etiquetagem dos veículos também pode atuar no sentido de redução do consumo, facilitando a comparação de dados nem sempre acessíveis, como o consumo específico do veículo e a emissão de gases de efeito estufa.

Fatores importantes para a determinação do nível de consumo do setor de transportes num país podem ser, entre outros: o tamanho do país, sua densidade demográfica, organização espacial, estrutura social e econômica e o nível de absorção das novas tecnologias desenvolvidas mundialmente.

O presente artigo fez uma estimativa de redução das emissões de GEE até 2030, a partir de cenários de eficiência energética para veículos leves no Brasil.



Referência: ROVERE, Emilio Lèbre la; WILLS, William. Eficiência Energética e Emissões de Gases de Efeito Estufa. Abril, 2014. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Os 4 imperativos da sustentabilidade para as pequenas empresas

Numa economia em transição, que veio do extrativismo e caminha para a preservação, alguns imperativos se instalam no universo das pequenas empresas.
Os imperativos abaixo estão listados no relatório Tendências de Sustentabilidade para os Pequenos Negócios, uma publicação desenvolvida pelo Sebrae em conjunto com o Sistema de Inteligência Setorial (SIS) e o Centro Sebrae de Sustentabilidade.

1) CADEIA PRODUTIVA: as grandes empresas estão exigindo cada vez mais que seus fornecedores adotem a sustentabilidade na gestão. Os pequenos negócios que integram as cadeias produtivas respondem às demandas da sustentabilidade e se alinham às práticas dos seus clientes. Se são práticas insustentáveis podem perdê-los, além de sofrer danos na imagem junto ao mercado.

2) CONSUMO CONSCIENTE: como decorrência do aumento no acesso à informação e ao fortalecimento dos movimentos sociais, o consumidor brasileiro está mais consciente daquilo que compra e do que descarta. Os resultados da última pesquisa da série "Consumo Consciente" realizada em 2012 pelo Instituto Akatu (Rumo à Sociedade do Bem Estar), indicam crescimento na adesão a práticas conscientes de consumo. Os consumidores conscientes representam 5% da população.
Pela “Pesquisa Akatu: Rumo à Sociedade do Bem-Estar”, lançada em 2013, os brasileiros associaram felicidade à saúde para si e para a família (63%), à possibilidade de conviver com familiares e amigos (60%) e a ter qualidade de vida (36%). Todos esses aspectos superaram a preferência pela posse de bens materiais ou por ter dinheiro (30%).

3) COMPRAS PÚBLICAS: segundo levantamento realizado pelo Sebrae em 2013, as pequenas empresas representam hoje 57% dos R$ 40 milhões gastos pelo governo federal em compras públicas. Como maiores compradores de produtos e serviços, as instituições governamentais têm o poder de mudar as práticas de seus fornecedores. Essa nova prática tem evoluído, adicionando nos editais de concorrência novas exigências que obrigam o setor privado a estar em dia com as melhores práticas.

4) INOVAÇÃO: o reaproveitamento de resíduos, a racionalização de energia e a redução do uso de água promovem a ecoeficiência empresarial e traçam novos modelos de inovação que preservam o meio ambiente, geram emprego e incluem cada vez mais pessoas ao acesso de bens e serviços. As pequenas empresas saem ganhando quando decidem inovar, pois ao contrário do que acontece nas grandes empresas (processos complexos e burocráticos), contam com mais agilidade e estão mais perto das demandas do mercado.


Fonte: Eco Desenvolvimento

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Por que o anúncio de China e Estados Unidos é tão importante?

Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta, são também os maiores produtores e consumidores de energia e os dois principais emissores de gases de efeito estufa (GEE), tanto considerando as emissões atuais, lideradas pela China, como as emissões históricas, lideradas pelos EUA.
Qualquer tentativa de um novo acordo climático suficientemente ambicioso para assegurar que a temperatura média do planeta não ultrapasse o limite de 2oC não é possível sem o compromisso destes dois gigantes.
Por isso, o anúncio conjunto de EUA e China de metas ambiciosas para redução de suas emissões após 2020 são tão importantes: o governo americano se comprometeu a reduzir de 26 a 28% suas emissões até 2025 quando comparado com as emissões de 2005 e a China compromete-se a ter o pico de suas emissões (e a partir daí um declínio) antes de 2030 e atingir 20% de energia de fontes não fósseis no mesmo ano.
Na última década, as emissões de GEE no país asiático cresceram cerca de 5% ao ano e já representam cerca de um quarto do total de CO2 liberado na atmosfera terrestre. O anúncio de ontem (13/11), em que a China afirma que irá ter o pico de emissões o mais cedo possível, antes de 2030, revela uma perspectiva de desaceleração acentuada nos próximos anos. Caso isso acontece, haverá um impacto na demanda de combustíveis fósseis em todo mundo e provocará a redução de subsídios, que representam meio trilhão de dólares anualmente.
Por outro lado, para atingir a meta de 20% de energias de fontes não fósseis, a China deverá triplicar ou quadruplicar investimentos anuais em fontes renováveis. As curvas de custos destas energias deverão ter queda ainda mais acentuada que na ultima década com reflexos em todo o planeta.
Os Estados Unidos respondem por 10% das emissões globais e já tiveram o pico de suas emissões em meados da década passada. Já tinham uma meta de redução de 17% das emissões em 2020, quando comparada com 2005, mas o ritmo de queda era insuficiente para uma redução substancial de pelo menos 80% até 2050 (quando comparado aos níveis de 1990). A divulgação da nova meta para 2025 indica uma aceleração do ritmo de queda das emissões americanas de 1,2% para 2,5% ao ano em média. Este novo índice já coloca a nação americana na trajetória de 80% de redução até 2050.
Mas o mais importante sinal é que se as duas maiores economias (uma desenvolvida e outra em desenvolvimento) e maiores consumidores de energia estão apontando que é possível se desenvolver promovendo redução de emissões.
Recentemente a Europa, que responde por 9% das emissões globais, assumiu o compromisso de diminuir em 40% suas emissões até 2030, quando comparado aos níveis da década de 90. Com o novo acordo entre os governos chinês e americano, os países que representam cerca de 45% das emissões atuais saíram na frente com compromissos que levantam a barra da ambição do novo acordo climático global a ser alcançado em 2015 e devem  servir de sinal para que os outros principais emissores como Índia, Rússia, Brasil, Indonésia e Japão também se coloquem o desafio de ser ambiciosos na suas metas de redução de emissões pós 2020.

Fonte: Planeta Sustentável 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Inventário florestal será base para implementação de políticas públicas

O novo Inventário Florestal Nacional, que está em andamento no Brasil, deverá ser entregue em 2017 e, além de fornecer indicadores da biodiversidade brasileira, suas informações servirão de base para o desenvolvimento de políticas públicas específicas para cada localidade, como programas de reflorestamento, combate à degradação e proteção do solo.


Segundo o diretor de Pesquisa e Informações Florestais do Serviço Florestal Brasileiro, Joberto Freitas, o levantamento sobre a quantidade de biomassa e carbono armazenado também poderá ser utilizado para melhorar as informações do país em convenções da agenda ambiental.

O tema começou a ser debatido na segunda-feira, 10 de novembro, em Manaus, no terceiro Simpósio Nacional de Inventário Florestal, que termina na próxima quarta-feira (12). Durante o evento serão apresentados trabalhos científicos e experiências de países da América do Norte e do Sul em inventários florestais.
O primeiro e único inventário nacional das florestas foi feito na década de 1980

O objetivo do Serviço Florestal Brasileiro é manter o inventário atualizado, em ciclos de cinco anos. “Queremos determinar pontos permanentes de coletas de informação, para que, a cada cinco anos, o pesquisador volte ao mesmo lugar e possa medir as mudanças da cobertura vegetal, como as perdas e a fitossanidade da floresta”, explicou Freitas.

Primeiro e único
Segundo o Serviço Florestal Brasileiro, o primeiro e único inventário nacional das florestas foi feito na década de 1980, com foco principal na produção de madeira. Depois disso, apenas inventários regionais foram feitos no país.
No último dia do seminário em Manaus haverá a demonstração da metodologia que vem sendo aplicada na execução do inventário nacional. Freitas explica que o trabalho começou em 2005 com as discussões sobre o método de levantamento que seria aplicado. “Foi um processo participativo, com várias oficinas para construirmos uma metodologia padronizada. Isso, no caso brasileiro, foi um desafio, pois temos seis biomas diferentes pelo país. Então a 
coleta de dados começou efetivamente em 2012”, disse Freitas.

O simpósio é feito em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e tem apoio do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, da Universidade Federal do Amazonas, Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas e Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas.

Fonte: Eco Desenvolvimento

terça-feira, 11 de novembro de 2014

‘A educação deve estar no centro do planejamento para um futuro sustentável’, diz UNESCO

Em um evento no Japão, delegados de mais de 100 países discutem as ações realizadas na última década para implementar estratégias no tema. Eles estabeleceram a abordagem para os próximos anos.



O papel que a educação pode desempenhar na preparação de jovens do mundo inteiro para um futuro sustentável está se tornando cada vez mais relevante, principalmente no momento em que o planeta está enfrentando crescentes desafios econômicos, sociais e ambientais, declarou a diretora-geral da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, na abertura da Conferência Mundial sobre a Educação para o Desenvolvimento Sustentável, nesta segunda-feira (10).

“Tecnologia, regulamentações políticas e incentivos financeiros não são suficientes para alcançar o desenvolvimento sustentável. Nós precisamos mudar a forma como pensamos e agimos, como indivíduos e como sociedade”, disse Bokova. “Este é o objetivo da educação para o desenvolvimento sustentável”, acrescentou.

A Conferência Mundial, realizada em Aichi-Nagoya, no Japão, terminará na próxima quarta-feira (12) e reúne mais de mil participantes, entre eles, representantes de mais de 100 países. O objetivo é fazer um balanço das ações realizadas globalmente durante a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) da UNESCO, e levantar questões sobre os desafios que a comunidade internacional irá enfrentar nos próximos anos.

Na ocasião, a UNESCO apresentou o relatório “Construindo o Futuro que Queremos”, como parte da avaliação da Década. Através de questionários respondidos por 70 países, a agência verificou que dois terços destes países já têm uma estratégia nacional de educação para o desenvolvimento sustentável ou plano em prática. Segundo a agência da ONU, estes dados indicam um maior reconhecimento mundial sobre a educação como uma ferramenta fundamental para as sociedades buscam alcançar esse objetivo.






      Fonte: ONUBR

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Água é tudo


Brasil tem a maior reserva de água doce do planeta. Concentram-se aqui 12% de todos os recursos hídricos globais. O que explica, então, a crise de abastecimento pela qual passa o Estado de São Paulo, o mais populoso e rico do país? 

seca histórica que atinge o Sudeste há dois anos, a maior dos últimos 84 anos, efeito contínuo de uma massa de ar quente que estacionou na região, justifica parte do problema. Mas não é prudente atribuir o baixo nível de água apenas às mudanças climáticas pelas quais passa a Terra, e que fazem proliferar climas extremos

O Brasil é exemplo de descaso na administração de seus recursos hídricos. Em todo o país, desperdi­çam-se 40% da água captada, que vaza por encanamentos precários, de manutenção quase inexistente. Em São Paulo, a perda é de 31,2%. É falha que poderia ser corrigida com melhorias anunciadas desde 2004, quando o estado passou por crise similar. 

Muito pouco foi feito. Sem o desperdício, haveria água de sobra. O descaso, porém, não é exclusividade brasileira. Países como China e Índia descuidam de suas reservas, usando-as sem critério. Com isso, o planeta vê dezenas de trilhões de litros indo pelo ralo. 

É assustador observar como tratamos o elemento essencial à vida, limitado e insubstituível. Se gastarmos todos os combustíveis fósseis que existem, teremos outras fontes energéticas, como a solar e a eólica. Vivemos dezenas de milhares de anos sem combustíveis fósseis. Sobrevivemos, e sobreviveríamos sem eles. Mas, se dermos cabo dos estoques de água, não haverá alternativa. Água é tudo.

Estima-se o valor do atual mercado global de água doce em 425 bilhões de dólares. Se o estoque um dia acabar, o que é muito improvável, ou for seriamente comprometido, o que é possível, entrará em risco a sobrevivência da humanidade. Tomem-se os atuais exemplos de São Paulo e Minas Gerais para entender que danos, ainda plenamente administráveis, a falta d’água pode provocar.

Na capital paulista, pesquisa Datafolha divulgada recentemente revelou que 60% dos moradores ficaram sem água nos últimos trinta dias. No interior, o cenário se agrava. Alguns municípios, a exemplo de Cristais Paulista, multam quem desperdiça água. Em Itu, há protestos de rua, e caminhões-pipa precisam de escolta para não ser atacados. Ao prejudicar a economia e o abastecimento, a seca dá início a perigosos conflitos.


                                         


Desde 1990, a disputa por água foi motivo de 2 200 conflitos diplomáticos, econômicos ou militares pelo planeta. A tensão deve se intensificar. A ONU calcula que faltará água limpa para 47% da população global até 2030. Diz o urbanista americanoMichael Klare, autor do livro The Race for What’s Left (em inglês, A Corrida pelo que Sobrou), sobre disputas por recursos naturais: "A água virou o novo combustível fóssil, causa de batalhas ferrenhas. Guerras que aumentarão em número e dimensão, já que a demanda cresce, enquanto a oferta diminui".

A resposta para a crise hídrica parece simples: temos de consumir menos e diminuir drasticamente o desperdício. Mas são atitudes difíceis de ser implantadas, já que dependem de uma mudança radical de costumes. A demanda de água per capita nos Estados Unidos ultrapassa os 500 litros, dez vezes o recomendado pela ONU. Enquanto isso, áreas pobres quase não têm acesso ao recurso. Moçambique é dono de um dos piores cenários, onde há apenas 4 litros de água limpa por morador.

Para controlar o gasto, todo cidadão precisa rever seus hábitos cotidianos, como deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes ou tomar longos banhos. Mas soa injusto cobrar exclusivamente uma nova postura individual. São essenciais também políticas públicas que repreendam o desperdício. 

A Califórnia é exemplo mundial nesse aspecto. São Paulo vê secar seu principal reservatório, o da Cantareira, cujo nível está em 3%. Seu primeiro estoque de volume morto, cota que repousa no fundo das represas, abaixo do túnel que costuma drenar a água, e, por isso, mais suja que o usual, deve desaparecer no próximo mês. 

A segunda parcela segurará o abastecimento por poucos meses. Enquanto isso, o governo promete entregar obras que aumentarão a captação de água, e já se cogitou importar recursos hídricos de outros estados. São apenas paliativos, que em nada ajudarão a longo prazo se o desperdício não for controlado. Para o Brasil e para o mundo, a crise da água serve como alerta. Se não cuidarmos dos escassos recursos que temos, desenharemos um futuro cada vez mais árido.

Fonte: Planeta Sustentável


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Qualidade de Vida e Respeito ao Meio Ambiente



A qualidade de vida está estritamente relacionada à preservação e respeito ao meio ambiente. Todavia, para uma melhor compreensão, faz-se necessário estabelecer alguns conceitos. O termo qualidade de vida é utilizado para descrever a qualidade das condições de vida, levando em consideração alguns fatores, tais como: alimentação, saúde, educação, moradia, liberdade de escolha, bem-estar, expectativa de vida etc. Ademais, há outros fatores que também influenciam a qualidade de vida das pessoas, como, por exemplo, os amigos, a família, o trabalho, o meio ambiente, dentre outros. Percebe-se, assim, que é um termo muito amplo e que envolve muitas condições. E não basta apenas ter uma boa saúde física e mental, mas sim, star de bem com si mesmo, com a vida, ou seja, estar em equilíbrio. E hoje em dia se ouve muito falar em “qualidade de vida”. Essa é uma preocupação que tem se tornado crescente.

A qualidade de vida está relacionada com o “aqui e agora” e com o “planejar o futuro”, ou seja, temos que fazer as coisas boas da vida no hoje, e não no amanhã. E tudo que fizermos, tem que ser pensando, também, no futuro, em outras palavras, pensar se o que eu fizer vai ser algo bom para o meu futuro e para as demais pessoas, pois as atitudes de hoje, se refletirão no amanhã.
Em 1974, a Organização Mundial da Saúde, objetivando sistematizar o conhecimento, definiu qualidade de vida como: “A percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Ademais, Roeder (2003) diz que a qualidade de vida está influenciada pelo ambiente, e este engloba relações sociais, culturais, biológicas, ecológicas etc., formando, assim, um contexto com o ser humano, o qual há a possibilidade de tanto o homem quanto o ambiente serem modificados ou transformados.  E, assim, a qualidade de vida se relaciona, também, com o meio ambientem, pois não basta estar de bem com a vida e ter saúde física e mental se não tem um ambiente que favoreça ainda mais a melhoria da qualidade de vida.

Sobre o meio ambiente, se trata da própria sobrevivência do homem enquanto espécie, num determinado espaço limitado pelas condicionantes da natureza. Zabalza conceitua como sendo o “conjunto de elementos biofísicos, socioeconômicos e culturais que integram criando um espaço específico no qual os homens constroem a dinâmica de sua vida”.  Mas percebe-se que, hoje em dia, não é mais suficiente apenas educar no meio ou fornecer informações sobre o mesmo, mas se deve educar para o meio ambiente, ou seja, mostrar condutas corretas, buscando proteção e melhoria. Pois nosso planeta, cada vez mais, vem sofrendo agressões em seu meio ambiente e nos ecossistemas e dia-a-dia vem nos dando mostras de que estamos no limite.



Referência: PERCEGONA, Caroline Gaida. Qualidade de Vida e Respeito ao Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.fiepr.org.br/nospodemosparana/uploadAddress/qualidade[24231].pdf>. Acesso em: 4 nov. 2014.