VIVAS

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

ISO 26000: Promova princípios ambientais na organização

As decisões e atividades das organizações invariavelmente têm um impacto no meio ambiente, independentemente de onde elas estejam localizadas. Esses impactos podem estar associados ao uso de recursos por parte da organização, à localização de suas atividades, à geração de poluição e resíduos e aos impactos de suas atividades, produtos e serviços nos habitats naturais.

Para reduzir esses impactos ambientais, convém que a organização adote uma abordagem integrada, que leve em consideração as implicações – econômicas, sociais, na saúde e no meio ambiente – de suas decisões e atividades, direta e indiretamente.

Convém que uma organização respeite e promova os seguintes princípios ambientais:

- Responsabilidade ambiental: Além da obediência a leis e regulamentos, convém que uma organização assuma responsabilidade pelos impactos ambientais causados por suas atividades em áreas rurais ou urbanas e no meio ambiente como um todo. Convém que, em reconhecimento aos limites ecológicos, a organização atue visando à melhoria de seu próprio desempenho, assim como desempenho de quem está dentro de sua esfera da influência;

- Princípio da precaução: Extraído da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e subsequentes declarações e acordos, que desenvolvem o conceito de que, onde houver ameaças de danos graves ou irreversíveis ao meio ambiente ou à saúde humana, convém que a falta de certeza científica absoluta não seja usada como razão para postergar medidas eficazes em função dos custos para impedir a degradação ambiental ou danos à saúde humana. Ao considerar a relação custo-benefício de uma medida, convém que a organização considere os custos e benefícios em longo prazo dessa medida, e não somente os custos econômicos de curto prazo para a organização;

- Gestão de risco ambiental: Convém que uma organização implemente programas usando uma perspectiva baseada em riscos e na sustentabilidade, para avaliar, evitar, reduzir e mitigar riscos e impactos ambientais de suas atividades. Convém que a organização desenvolva e implemente atividades de conscientização e procedimentos de resposta a emergências para reduzir e mitigar impactos ambientais na saúde e na segurança, causados por acidentes, e para divulgar informações sobre incidentes ambientais às autoridades competentes e às comunidades locais;

- Poluidor pagador: Convém que a organização arque com os custos da poluição causada por suas atividades de acordo com a extensão do impacto ambiental na sociedade e a ação corretiva exigida, ou na medida em que a poluição ultrapassa um nível aceitável. Convém que a organização se esforce para internalizar o custo da poluição e quantificar os benefícios econômicos e ambientais de prevenir a poluição em vez de mitigar seus impactos com base no princípio do “poluidor pagador”. A organização pode escolher cooperar com outros no desenvolvimento de instrumentos econômicos, como fundos de contingência para arcar com os custos de incidentes ambientais de vulto.


Fonte: Eco Desenvolvimento

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

2014 pode ser o ano mais quente que se tem registro


Este ano está prestes a se tornar o mais quente de que se tem registro, afirmou a Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU, na quarta-feira, 03/12. O calor recorde se deve, principalmente, às altas temperaturas registradas na superfície dosoceanos, que, provavelmente, continuarão elevadas até o fim de dezembro. A OMMaponta que o aquecimento é um fator de desequilíbrio do clima mundial, podendo provocar inundações e secas extremas, de que é exemplo a estiagem em São Paulo, segundo a entidade.

De acordo com dados divulgados pela OMM na Conferência Climática das Nações Unidas, a COP 20, a temperatura média global nos dez primeiros meses deste ano ficou 0,57 grau Celsius acima da média de 14 graus Celsius entre 1961 e 1990, período usado como referência pela agência da ONU. Considerando-se apenas o padrão dos últimos dez anos, a média foi 0,09 grau Celsius maior.
Se a temperatura global se mantiver elevada, 2014 será mais quente que 2010, 2005 e 1998, até agora os anos mais quentes. Contando com 2014, 14 dos 15 anos mais quentes da história pertencem ao século XXI. Os registros de temperaturas globais confiáveis datam de aproximadamente 1850.

“O que vimos neste ano é consistente com o que esperamos de um clima em mudança”, disse Michel Jarraud, secretário-executivo da OMM, em comunicado. “Emissões recorde de gases de efeito estufa associadas às concentrações de gases na atmosfera estão levando o planeta para um futuro incerto e inóspito.”
No mês passado, a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) já havia afirmado que os dez primeiros meses de 2014 foram os mais quentes do planeta desde o início dos registros de temperatura em 1880.

SECA EM SÃO PAULO

As altas temperaturas tiveram um impacto severo em todo o mundo, e a OMM usa a capital paulista para exemplificar o que pode acontecer em outros lugares. “A cidade deSão Paulo foi particularmente afetada por uma severa falta de água. Partes do Nordeste e algumas áreas do centro do Brasil estão em um estado de seca severa que já se estende por mais de dois anos”, diz o comunicado. Também há seca na China, na Austrália e no Canadá e em Estados americanos, como Califórnia, Nevada e Texas, a quantidade de chuva foi inferior a 40% da média registrada entre 1961 e 1990.
Se, no segundo semestre, faltou água em São Paulo, em maio as chuvas superaram as médias anuais em 250% no Paraguai, no sul da Bolívia e em partes do Sul e Sudeste do Brasil. O Rio Paraná transbordou, com 200 000 moradores da região afetados, principalmente no Paraguai. Buenos Aires, na Argentina, também sofreu com as fortes chuvas. Na Grã-Bretanha, foram doze tormentas e o inverno mais chuvoso já registrado, 177% acima da média. Em maio, inundações atingiram 2 milhões de pessoas nos Balcãs, além de milhões de outros no Paquistão e em Bangladesh. Na Turquia, as chuvas chegaram a ser 500% superior à média anual. Em setembro, o sul da França registrou maiores chuvas desde anos 1950.

EFEITO ESTUFA

O calor intenso registrado nos oceanos está ligado à concentração recorde de gases de efeito estufa na atmosfera. De acordo com OMM, os oceanos absorvem 93% da energia em excesso na atmosfera. O resultado disso é o degelo de placas inteiras nos dois polos do planeta. No dia 17 de setembro, o gelo no Ártico chegou a 5,02 milhões de quilômetros quadrados, o sexto menor da história.

Apesar de todos os esforços internacionais, a OMM alerta que a concentração de gás carbônico, metano e outros gases segue aumentando. No caso do gás carbônico, a taxa é de 142% acima da era pré-industrial. A elevação entre 2012 e 2013 foi a maior jamais registrada em apenas um ano.

Fonte: Planeta Sustentável 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Sustentabilidade aplicada aos negócios

Objetivos do curso Sustentabilidade aplicada aos negócios: orientações para gestores
- Apresentar os principais fatos e conceitos relativos à sustentabilidade;
- Provocar reflexão nos participantes do curso sobre seus hábitos e atitudes em relação à sustentabilidade;
- Conhecer as possibilidades de mudança na gestão empresarial.


Professor-Autor: Roberta de Carvalho Cardoso
Doutora com estudos na área de Sustentabilidade pela Fundação Getulio Vargas/EAESP e Pós-Graduada em Administração, com ênfase em Marketing, pela Fundação Getulio Vargas/EAESP e pelo ISA/Institut Supérieur dês Affaires, Jouy-em-Josas, França. Atualmente, é professora da FGV/EAESP e do SENAC. Atua ainda como Coordenadora Técnica do Programa de Responsabilidade Social e Sustentabilidade no Varejo da FGV-EAESP, como Conselheira do Conselho Regional de Adestração do Estado de São Paulo (CRASP) e como membro do Grupo de Ética e Sustentabilidade do CRASP. Além de instrutora e consultora do Instituto Ethos, é também, autora de artigos sobre Responsabilidade Social e Sustentabilidade.



Clique aqui e participe do curso gratuito. 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Baidu vai lançar bicicleta elétrica totalmente movida à força humana

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Espécie de "Google da China", o Baidu também pretende ser muito mais do que um site de buscas, uma vez que investe cada vez mais em inovação. Prova disso foi apresentada nesta semana, quando a empresa anunciou que lançará uma bicicleta 'inteligente'.
A "Dubike" tem vários recursos tecnológicos e um design pensado em parceria com a Universidade de Tsinghua. A bicicleta é equipada com tecnologia elétrica regenerativa e vários dispositivos úteis à saúde humana. Ela acompanha batimento cardíaco, quantidade e pressão das pedaladas e conta com outros sensores, que se conectam a um aplicativo para smartphone.
Como converte energia cinética em elétrica, a Dubike dispensa a tomada para usar todos esses recursos e ainda pode carregar o smartphone de quem estiver pedalando.
Essas informações são usadas para monitorar a saúde do usuário, encontrar as melhores direções para seu destino, localizar a bicicleta a distância, recomendar rotas ideais para ciclismo e programas de treinamento via redes sociais.

Sem tomada
Como converte energia cinética em elétrica, a Dubike dispensa a tomada para usar todos esses recursos e ainda pode carregar o smartphone de quem estiver pedalando. Contudo, segundo informou o Engadget, ainda faltam dados sobre funções elétricas, mas ela deve ser uma bicicleta totalmente movida à força humana.
Também não foram divulgadas especificações técnicas como peso e medidas, tampouco o preço, data de lançamento e os mercados onde a Dubike será vendida.

Assista ao vídeo da inovação:


Fonte: EcoDesenvolvimento

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O Brasil pode ser líder em prédios verdes

Para o especialista, referência mundial em arquitetura sustentável, os países emergentes precisam ter pelo menos 20% do mercado imobiliário com selo verde


Especialista em construções verdes do International Finance Corporation (IFC) - braço do Banco Mundial para financiamento privado -, o indianoPrashant Kapoor lidera, desde 2010, as iniciativas da instituição em construção sustentável para mercados emergentes. A meta do IFC é atingir 20 países nos próximos sete anos - e fazer com que os edifícios verdes componham 20% do mercado imobiliário de cada um deles.

Por que é mais urgente pensar em soluções verdes para a construção civil hoje?
Cerca de 30% da energia produzida é consumida pela construção civil, o que inclui a fase de construção e o consumo posterior nas casas e nos escritórios. O mundo está cada vez mais urbanizado, e os países emergentes estão vivendo um boom de construções. Se deixarmos a chance passar, será muito difícil corrigir depois.

A ideia de que a sustentabilidade custa muito mais caro ainda vigora na construção civil?
Sim. Há uma percepção por parte da maioria de que uma construção sustentável custa 30% mais caro, mas, segundo o World Green Building Council, entidade global responsável por disseminar práticas sustentáveis de construção, o incremento no custo oscila de 0% a 4%.

O que o IFC tem feito para auxiliar os países em desenvolvimento nessa questão?
Uma das estratégias é financiar bancos para que eles concedam empréstimos e invistam diretamente em construções verdes. Desde 2009, investimos 600 milhões de dólares. O mais recente aporte, de 60 milhões de dólares, foi feito numa construtora de Minas Gerais, a Canopus. Ela também foi a primeira no Brasil a conquistar um selo verde que ajudei a criar, o EDGE. A conquista da certificação está vinculada ao uso de um software que permite uma economia nas obras de até 20% no uso de materiais como água e energia.

Já existem dois selos para a construção verde no mundo, o Leed e o Acqua. De que maneira mais uma certificação melhora o cenário?
No mundo inteiro, essas duas certificações têm como alvo empresas de grande porte. O EDGE nasceu para provar que companhias médias e pequenas também podem construir de maneira sustentável e se beneficiar disso.

O poder público pode incentivar a adoção de práticas sustentáveis na indústria da construção?
Os governos precisam criar os incentivos e dar o exemplo aplicando essas práticas nos próprios projetos. E o IFC tem ajudado autoridades a criar códigos de eficiência energética inteligente para suas construções.

Hoje, quais países são os melhores exemplos para edifícios verdes?
Na Europa, há leis que obrigam os edifícios a obter selos verdes, e isso transformou o mercado. No México, o setor financeiro tem desempenhado um papel central. Nos últimos quatro anos, 60% das hipotecas do país têm sido verdes - ou seja, seguem padrões sustentáveis.

E o Brasil?
O país tem uma grande oportunidade de se tornar um dos líderes nesse setor. A construção civil deverá crescer 20% até 2020 no Brasil, e estou convicto de que a adoção de critérios de sustentabilidade será um imperativo.

Fonte: Planeta Sustentável

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Eficiência Energética e Emissões de Gases de Efeito Estufa

O setor de transportes é um dos maiores responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa – GEEs e, portanto, em tese, oferece as maiores oportunidades para ações de mitigação.

Em diversos países, sobretudo naqueles de maior desenvolvimento, tem surgido e se consolidado programas de fomento à eficiência energética veicular, geralmente em associação à regulação de emissões. Esses programas definem metas mínimas de eficiência, ou máximas de consumo que devem ser seguidas pelos fabricantes. Por outro lado, a etiquetagem dos veículos também pode atuar no sentido de redução do consumo, facilitando a comparação de dados nem sempre acessíveis, como o consumo específico do veículo e a emissão de gases de efeito estufa.

Fatores importantes para a determinação do nível de consumo do setor de transportes num país podem ser, entre outros: o tamanho do país, sua densidade demográfica, organização espacial, estrutura social e econômica e o nível de absorção das novas tecnologias desenvolvidas mundialmente.

O presente artigo fez uma estimativa de redução das emissões de GEE até 2030, a partir de cenários de eficiência energética para veículos leves no Brasil.



Referência: ROVERE, Emilio Lèbre la; WILLS, William. Eficiência Energética e Emissões de Gases de Efeito Estufa. Abril, 2014. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Os 4 imperativos da sustentabilidade para as pequenas empresas

Numa economia em transição, que veio do extrativismo e caminha para a preservação, alguns imperativos se instalam no universo das pequenas empresas.
Os imperativos abaixo estão listados no relatório Tendências de Sustentabilidade para os Pequenos Negócios, uma publicação desenvolvida pelo Sebrae em conjunto com o Sistema de Inteligência Setorial (SIS) e o Centro Sebrae de Sustentabilidade.

1) CADEIA PRODUTIVA: as grandes empresas estão exigindo cada vez mais que seus fornecedores adotem a sustentabilidade na gestão. Os pequenos negócios que integram as cadeias produtivas respondem às demandas da sustentabilidade e se alinham às práticas dos seus clientes. Se são práticas insustentáveis podem perdê-los, além de sofrer danos na imagem junto ao mercado.

2) CONSUMO CONSCIENTE: como decorrência do aumento no acesso à informação e ao fortalecimento dos movimentos sociais, o consumidor brasileiro está mais consciente daquilo que compra e do que descarta. Os resultados da última pesquisa da série "Consumo Consciente" realizada em 2012 pelo Instituto Akatu (Rumo à Sociedade do Bem Estar), indicam crescimento na adesão a práticas conscientes de consumo. Os consumidores conscientes representam 5% da população.
Pela “Pesquisa Akatu: Rumo à Sociedade do Bem-Estar”, lançada em 2013, os brasileiros associaram felicidade à saúde para si e para a família (63%), à possibilidade de conviver com familiares e amigos (60%) e a ter qualidade de vida (36%). Todos esses aspectos superaram a preferência pela posse de bens materiais ou por ter dinheiro (30%).

3) COMPRAS PÚBLICAS: segundo levantamento realizado pelo Sebrae em 2013, as pequenas empresas representam hoje 57% dos R$ 40 milhões gastos pelo governo federal em compras públicas. Como maiores compradores de produtos e serviços, as instituições governamentais têm o poder de mudar as práticas de seus fornecedores. Essa nova prática tem evoluído, adicionando nos editais de concorrência novas exigências que obrigam o setor privado a estar em dia com as melhores práticas.

4) INOVAÇÃO: o reaproveitamento de resíduos, a racionalização de energia e a redução do uso de água promovem a ecoeficiência empresarial e traçam novos modelos de inovação que preservam o meio ambiente, geram emprego e incluem cada vez mais pessoas ao acesso de bens e serviços. As pequenas empresas saem ganhando quando decidem inovar, pois ao contrário do que acontece nas grandes empresas (processos complexos e burocráticos), contam com mais agilidade e estão mais perto das demandas do mercado.


Fonte: Eco Desenvolvimento

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Por que o anúncio de China e Estados Unidos é tão importante?

Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta, são também os maiores produtores e consumidores de energia e os dois principais emissores de gases de efeito estufa (GEE), tanto considerando as emissões atuais, lideradas pela China, como as emissões históricas, lideradas pelos EUA.
Qualquer tentativa de um novo acordo climático suficientemente ambicioso para assegurar que a temperatura média do planeta não ultrapasse o limite de 2oC não é possível sem o compromisso destes dois gigantes.
Por isso, o anúncio conjunto de EUA e China de metas ambiciosas para redução de suas emissões após 2020 são tão importantes: o governo americano se comprometeu a reduzir de 26 a 28% suas emissões até 2025 quando comparado com as emissões de 2005 e a China compromete-se a ter o pico de suas emissões (e a partir daí um declínio) antes de 2030 e atingir 20% de energia de fontes não fósseis no mesmo ano.
Na última década, as emissões de GEE no país asiático cresceram cerca de 5% ao ano e já representam cerca de um quarto do total de CO2 liberado na atmosfera terrestre. O anúncio de ontem (13/11), em que a China afirma que irá ter o pico de emissões o mais cedo possível, antes de 2030, revela uma perspectiva de desaceleração acentuada nos próximos anos. Caso isso acontece, haverá um impacto na demanda de combustíveis fósseis em todo mundo e provocará a redução de subsídios, que representam meio trilhão de dólares anualmente.
Por outro lado, para atingir a meta de 20% de energias de fontes não fósseis, a China deverá triplicar ou quadruplicar investimentos anuais em fontes renováveis. As curvas de custos destas energias deverão ter queda ainda mais acentuada que na ultima década com reflexos em todo o planeta.
Os Estados Unidos respondem por 10% das emissões globais e já tiveram o pico de suas emissões em meados da década passada. Já tinham uma meta de redução de 17% das emissões em 2020, quando comparada com 2005, mas o ritmo de queda era insuficiente para uma redução substancial de pelo menos 80% até 2050 (quando comparado aos níveis de 1990). A divulgação da nova meta para 2025 indica uma aceleração do ritmo de queda das emissões americanas de 1,2% para 2,5% ao ano em média. Este novo índice já coloca a nação americana na trajetória de 80% de redução até 2050.
Mas o mais importante sinal é que se as duas maiores economias (uma desenvolvida e outra em desenvolvimento) e maiores consumidores de energia estão apontando que é possível se desenvolver promovendo redução de emissões.
Recentemente a Europa, que responde por 9% das emissões globais, assumiu o compromisso de diminuir em 40% suas emissões até 2030, quando comparado aos níveis da década de 90. Com o novo acordo entre os governos chinês e americano, os países que representam cerca de 45% das emissões atuais saíram na frente com compromissos que levantam a barra da ambição do novo acordo climático global a ser alcançado em 2015 e devem  servir de sinal para que os outros principais emissores como Índia, Rússia, Brasil, Indonésia e Japão também se coloquem o desafio de ser ambiciosos na suas metas de redução de emissões pós 2020.

Fonte: Planeta Sustentável 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Inventário florestal será base para implementação de políticas públicas

O novo Inventário Florestal Nacional, que está em andamento no Brasil, deverá ser entregue em 2017 e, além de fornecer indicadores da biodiversidade brasileira, suas informações servirão de base para o desenvolvimento de políticas públicas específicas para cada localidade, como programas de reflorestamento, combate à degradação e proteção do solo.


Segundo o diretor de Pesquisa e Informações Florestais do Serviço Florestal Brasileiro, Joberto Freitas, o levantamento sobre a quantidade de biomassa e carbono armazenado também poderá ser utilizado para melhorar as informações do país em convenções da agenda ambiental.

O tema começou a ser debatido na segunda-feira, 10 de novembro, em Manaus, no terceiro Simpósio Nacional de Inventário Florestal, que termina na próxima quarta-feira (12). Durante o evento serão apresentados trabalhos científicos e experiências de países da América do Norte e do Sul em inventários florestais.
O primeiro e único inventário nacional das florestas foi feito na década de 1980

O objetivo do Serviço Florestal Brasileiro é manter o inventário atualizado, em ciclos de cinco anos. “Queremos determinar pontos permanentes de coletas de informação, para que, a cada cinco anos, o pesquisador volte ao mesmo lugar e possa medir as mudanças da cobertura vegetal, como as perdas e a fitossanidade da floresta”, explicou Freitas.

Primeiro e único
Segundo o Serviço Florestal Brasileiro, o primeiro e único inventário nacional das florestas foi feito na década de 1980, com foco principal na produção de madeira. Depois disso, apenas inventários regionais foram feitos no país.
No último dia do seminário em Manaus haverá a demonstração da metodologia que vem sendo aplicada na execução do inventário nacional. Freitas explica que o trabalho começou em 2005 com as discussões sobre o método de levantamento que seria aplicado. “Foi um processo participativo, com várias oficinas para construirmos uma metodologia padronizada. Isso, no caso brasileiro, foi um desafio, pois temos seis biomas diferentes pelo país. Então a 
coleta de dados começou efetivamente em 2012”, disse Freitas.

O simpósio é feito em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e tem apoio do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, da Universidade Federal do Amazonas, Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas e Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas.

Fonte: Eco Desenvolvimento

terça-feira, 11 de novembro de 2014

‘A educação deve estar no centro do planejamento para um futuro sustentável’, diz UNESCO

Em um evento no Japão, delegados de mais de 100 países discutem as ações realizadas na última década para implementar estratégias no tema. Eles estabeleceram a abordagem para os próximos anos.



O papel que a educação pode desempenhar na preparação de jovens do mundo inteiro para um futuro sustentável está se tornando cada vez mais relevante, principalmente no momento em que o planeta está enfrentando crescentes desafios econômicos, sociais e ambientais, declarou a diretora-geral da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, na abertura da Conferência Mundial sobre a Educação para o Desenvolvimento Sustentável, nesta segunda-feira (10).

“Tecnologia, regulamentações políticas e incentivos financeiros não são suficientes para alcançar o desenvolvimento sustentável. Nós precisamos mudar a forma como pensamos e agimos, como indivíduos e como sociedade”, disse Bokova. “Este é o objetivo da educação para o desenvolvimento sustentável”, acrescentou.

A Conferência Mundial, realizada em Aichi-Nagoya, no Japão, terminará na próxima quarta-feira (12) e reúne mais de mil participantes, entre eles, representantes de mais de 100 países. O objetivo é fazer um balanço das ações realizadas globalmente durante a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) da UNESCO, e levantar questões sobre os desafios que a comunidade internacional irá enfrentar nos próximos anos.

Na ocasião, a UNESCO apresentou o relatório “Construindo o Futuro que Queremos”, como parte da avaliação da Década. Através de questionários respondidos por 70 países, a agência verificou que dois terços destes países já têm uma estratégia nacional de educação para o desenvolvimento sustentável ou plano em prática. Segundo a agência da ONU, estes dados indicam um maior reconhecimento mundial sobre a educação como uma ferramenta fundamental para as sociedades buscam alcançar esse objetivo.






      Fonte: ONUBR

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Água é tudo


Brasil tem a maior reserva de água doce do planeta. Concentram-se aqui 12% de todos os recursos hídricos globais. O que explica, então, a crise de abastecimento pela qual passa o Estado de São Paulo, o mais populoso e rico do país? 

seca histórica que atinge o Sudeste há dois anos, a maior dos últimos 84 anos, efeito contínuo de uma massa de ar quente que estacionou na região, justifica parte do problema. Mas não é prudente atribuir o baixo nível de água apenas às mudanças climáticas pelas quais passa a Terra, e que fazem proliferar climas extremos

O Brasil é exemplo de descaso na administração de seus recursos hídricos. Em todo o país, desperdi­çam-se 40% da água captada, que vaza por encanamentos precários, de manutenção quase inexistente. Em São Paulo, a perda é de 31,2%. É falha que poderia ser corrigida com melhorias anunciadas desde 2004, quando o estado passou por crise similar. 

Muito pouco foi feito. Sem o desperdício, haveria água de sobra. O descaso, porém, não é exclusividade brasileira. Países como China e Índia descuidam de suas reservas, usando-as sem critério. Com isso, o planeta vê dezenas de trilhões de litros indo pelo ralo. 

É assustador observar como tratamos o elemento essencial à vida, limitado e insubstituível. Se gastarmos todos os combustíveis fósseis que existem, teremos outras fontes energéticas, como a solar e a eólica. Vivemos dezenas de milhares de anos sem combustíveis fósseis. Sobrevivemos, e sobreviveríamos sem eles. Mas, se dermos cabo dos estoques de água, não haverá alternativa. Água é tudo.

Estima-se o valor do atual mercado global de água doce em 425 bilhões de dólares. Se o estoque um dia acabar, o que é muito improvável, ou for seriamente comprometido, o que é possível, entrará em risco a sobrevivência da humanidade. Tomem-se os atuais exemplos de São Paulo e Minas Gerais para entender que danos, ainda plenamente administráveis, a falta d’água pode provocar.

Na capital paulista, pesquisa Datafolha divulgada recentemente revelou que 60% dos moradores ficaram sem água nos últimos trinta dias. No interior, o cenário se agrava. Alguns municípios, a exemplo de Cristais Paulista, multam quem desperdiça água. Em Itu, há protestos de rua, e caminhões-pipa precisam de escolta para não ser atacados. Ao prejudicar a economia e o abastecimento, a seca dá início a perigosos conflitos.


                                         


Desde 1990, a disputa por água foi motivo de 2 200 conflitos diplomáticos, econômicos ou militares pelo planeta. A tensão deve se intensificar. A ONU calcula que faltará água limpa para 47% da população global até 2030. Diz o urbanista americanoMichael Klare, autor do livro The Race for What’s Left (em inglês, A Corrida pelo que Sobrou), sobre disputas por recursos naturais: "A água virou o novo combustível fóssil, causa de batalhas ferrenhas. Guerras que aumentarão em número e dimensão, já que a demanda cresce, enquanto a oferta diminui".

A resposta para a crise hídrica parece simples: temos de consumir menos e diminuir drasticamente o desperdício. Mas são atitudes difíceis de ser implantadas, já que dependem de uma mudança radical de costumes. A demanda de água per capita nos Estados Unidos ultrapassa os 500 litros, dez vezes o recomendado pela ONU. Enquanto isso, áreas pobres quase não têm acesso ao recurso. Moçambique é dono de um dos piores cenários, onde há apenas 4 litros de água limpa por morador.

Para controlar o gasto, todo cidadão precisa rever seus hábitos cotidianos, como deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes ou tomar longos banhos. Mas soa injusto cobrar exclusivamente uma nova postura individual. São essenciais também políticas públicas que repreendam o desperdício. 

A Califórnia é exemplo mundial nesse aspecto. São Paulo vê secar seu principal reservatório, o da Cantareira, cujo nível está em 3%. Seu primeiro estoque de volume morto, cota que repousa no fundo das represas, abaixo do túnel que costuma drenar a água, e, por isso, mais suja que o usual, deve desaparecer no próximo mês. 

A segunda parcela segurará o abastecimento por poucos meses. Enquanto isso, o governo promete entregar obras que aumentarão a captação de água, e já se cogitou importar recursos hídricos de outros estados. São apenas paliativos, que em nada ajudarão a longo prazo se o desperdício não for controlado. Para o Brasil e para o mundo, a crise da água serve como alerta. Se não cuidarmos dos escassos recursos que temos, desenharemos um futuro cada vez mais árido.

Fonte: Planeta Sustentável


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Qualidade de Vida e Respeito ao Meio Ambiente



A qualidade de vida está estritamente relacionada à preservação e respeito ao meio ambiente. Todavia, para uma melhor compreensão, faz-se necessário estabelecer alguns conceitos. O termo qualidade de vida é utilizado para descrever a qualidade das condições de vida, levando em consideração alguns fatores, tais como: alimentação, saúde, educação, moradia, liberdade de escolha, bem-estar, expectativa de vida etc. Ademais, há outros fatores que também influenciam a qualidade de vida das pessoas, como, por exemplo, os amigos, a família, o trabalho, o meio ambiente, dentre outros. Percebe-se, assim, que é um termo muito amplo e que envolve muitas condições. E não basta apenas ter uma boa saúde física e mental, mas sim, star de bem com si mesmo, com a vida, ou seja, estar em equilíbrio. E hoje em dia se ouve muito falar em “qualidade de vida”. Essa é uma preocupação que tem se tornado crescente.

A qualidade de vida está relacionada com o “aqui e agora” e com o “planejar o futuro”, ou seja, temos que fazer as coisas boas da vida no hoje, e não no amanhã. E tudo que fizermos, tem que ser pensando, também, no futuro, em outras palavras, pensar se o que eu fizer vai ser algo bom para o meu futuro e para as demais pessoas, pois as atitudes de hoje, se refletirão no amanhã.
Em 1974, a Organização Mundial da Saúde, objetivando sistematizar o conhecimento, definiu qualidade de vida como: “A percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Ademais, Roeder (2003) diz que a qualidade de vida está influenciada pelo ambiente, e este engloba relações sociais, culturais, biológicas, ecológicas etc., formando, assim, um contexto com o ser humano, o qual há a possibilidade de tanto o homem quanto o ambiente serem modificados ou transformados.  E, assim, a qualidade de vida se relaciona, também, com o meio ambientem, pois não basta estar de bem com a vida e ter saúde física e mental se não tem um ambiente que favoreça ainda mais a melhoria da qualidade de vida.

Sobre o meio ambiente, se trata da própria sobrevivência do homem enquanto espécie, num determinado espaço limitado pelas condicionantes da natureza. Zabalza conceitua como sendo o “conjunto de elementos biofísicos, socioeconômicos e culturais que integram criando um espaço específico no qual os homens constroem a dinâmica de sua vida”.  Mas percebe-se que, hoje em dia, não é mais suficiente apenas educar no meio ou fornecer informações sobre o mesmo, mas se deve educar para o meio ambiente, ou seja, mostrar condutas corretas, buscando proteção e melhoria. Pois nosso planeta, cada vez mais, vem sofrendo agressões em seu meio ambiente e nos ecossistemas e dia-a-dia vem nos dando mostras de que estamos no limite.



Referência: PERCEGONA, Caroline Gaida. Qualidade de Vida e Respeito ao Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.fiepr.org.br/nospodemosparana/uploadAddress/qualidade[24231].pdf>. Acesso em: 4 nov. 2014. 

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Cresce área de desmatamento na Amazônia em setembro, segundo Imazon



Pelo terceiro mês consecutivo, aumenta a área de desmatamento na Amazônia Legal, de acordo com o boletim divulgado pelo Instituto Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)*.

O estudo detectou 402 quilômetros quadrados de deflorestamento em setembro de 2014, um aumento de 290% em relação ao mesmo período do ano passado. Todavia, em 2013 só foi monitorado 79% da área florestal da região e agora o levantamento cobriu 93% do território - uma área maior.

Diferentemente dos meses anteriores, quando o estado do Pará apresentou os mais altos índices de desmatamento, em setembro último, Rondônia aparece no topo do ranking, com 33%, seguido pelo Pará (23%), Mato Grosso (18%) e Amazonas (12%).

O boletim revelou ainda que também cresceu a área de florestas degradadas na região. O salto foi enorme. Enquanto em setembro de 2013 eram 16 quilômetros quadrados de matas degradadas, no mês passado este número passou para 624 quilômetros quadrados: um crescimento assustador de 3.797%. Os dados são alarmantes.




Fonte: Imazon/ Planeta Sustentável. 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O novo pensamento econômico sobre a água

 
No Brasil, a água custa centavos. Nas tarifas de todo o país estão embutidos os preços de captação, tratamento e distribuição. No entanto, desde a Lei das Águas, de 1997, a água, um recurso finito, também ganhou um preço. Em algumas regiões do Estado de São Paulo, ela varia entre 2 centavos e 12 centavos. E essa tarifa se mantém, seja em períodos de seca, seja nas épocas de abundância. Simbólico, o custo indica que esse bem essencial é farto, inesgotável e fácil de extrair. É o oposto do que mostra a crise atual em todo o país.

“Quando acordamos pela manhã e abrimos a torneira, temos acesso a uma quantidade de água ilimitada pela qual pagamos menos que pelo serviço de celular. Isso nos fez acreditar que a água é infinita”, diz o americano Robert Glennon, professor de políticas públicas da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, e autor dolivro Unquenchable: America’s Water Crisis and What to Do About It (Inesgotável: A Crise de Água Americana e o que Fazer Sobre Isso, sem edição em português), publicado em 2009. “No entanto, nossa fonte de água é fixa e finita: é como um grande copo de milk-shake com um número infindável de canudos. Muitos lugares permitem que esse número ilimitado de canudos seja usado, uma receita para um desastre previsível que começa a se manifestar em rios secos e falta d’água para beber. Por isso precisamos colocar um preço apropriado na água: quem usa mais tem que pagar mais.”
 
ÁGUA BARATA De acordo com os economistas, o mercado é uma importante ferramenta para racionalizar o uso da água e prevenir as crises. Pequenas intervenções têm impactos tremendos, que podem resolver secas históricas ou combater o desperdício do valioso bem.

“Nos EUA, os agricultores usam cerca de 80% da água. Uma pequena redução nesse consumo dobraria o fornecimento para todos os municípios e uso industrial. Falo de reduções pequenas, como diminuir esses 80% para 76% - isso dobraria o fornecimento para todo o uso comercial e residencial”, diz Glennon.

Segundo o americano, a maneira mais simples de modificar esses números seria criar uma taxa adequada sobre a água. A tarifa indicaria como e onde a água deve ser economizada. Ela seria baixa para os metros cúbicos necessários para as tarefas básicas cotidianas - para garantir que chegue a todos - e aumentaria, gradualmente, a partir desse nível.

“Deve haver blocos de taxas crescentes, que seria o mesmo que dizer: quanto mais água é usada, mais é pago por essas últimas unidades. Inacreditavelmente, em muitos lugares, há taxas fixas para uso ilimitado de água. Esses blocos deveriam ser ajustados por temporadas para considerar o fato de que durante o verão, quando o uso da água aumenta, isso se dá para abastecer os jardins da casa ou as piscinas. Não me oponho a isso, mas acredito que se alguém quer uma piscina, então que pague por isso”, diz Glennon.

 


NOSSA CONTA
Os recursos obtidos com a precificação correta da água poderiam ser destinados a outros fins que ajudem a conter crises hídricas. Grandes reservatórios, como a Cantareira, que atende 9,8 milhões de paulistas - 8,4 milhões só na capital -, são rodeados por terras que precisam de boa infiltração. É a penetração da água das chuvas no subsolo que alimenta os lençóis freáticos e leva água para reservatórios e represas. No entanto, pastos ou terrenos com pouca vegetação fazem com que a água escorra e eliminam essa reserva.

“Há técnicas de manejo de pasto que promovem a melhor infiltração das águas. Mas é preciso pagar os agricultores para que façam essa adequação. E o dinheiro para isso vem do preço da água”, diz o economista Ademar Romeiro, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A primeira experiência desse tipo foi feita em Nova York, há 25 anos. A prefeitura usou os valores arrecadados com os consumidores para pagar os agricultores e moradores ao redor do seu principal reservatório para que mantivessem o solo adequado à infiltração: compraram as terras e substituíram gado por produção de vegetais. No Estado de São Paulo, experiência semelhante é feita no município de Extrema, há dez anos.

“No entanto, no Brasil, quem paga por isso é a prefeitura, enquanto o correto seria que os usuários pagassem por esse serviço”, diz o Romeiro. Segundo estudos feitos na Unicamp, o financiamento desse tipo de serviço significaria 1 real ou 2 reais a mais nas contas de água do consumidor comum.

“Esse tipo de serviço é uma variável-chave para a contenção de crises. O uso das terras na bacia de captação tem que ser adequado e temos que pagar por isso. É legal, economicamente viável e fácil de ser colocado em prática”, diz Romeiro. “Nós pagamos muito pouco pela água. Certamente não pagamos o necessário para tornar sustentável o nosso consumo de água de qualidade.”

Fonte: Planeta Sustentável.
 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Energia e meio ambiente no Brasil

Energia, ar e água são ingredientes essenciais à vida humana. Nas sociedades primitivas seu custo era praticamente zero. A energia era obtida da lenha das florestas, para aquecimento e atividades domésticas, como cozinhar. Aos poucos, porém, o consumo de energia foi crescendo tanto que outras fontes se tornaram necessárias. Durante a Idade Média, as energias de cursos d’água e dos ventos foram utilizadas, mas em quantidades insuficientes para suprir as necessidades de populações crescente, sobretudo nas cidades. Após a Revolução Industrial, foi preciso usar mais carvão, petróleo e gás, que têm um custo elevado para a produção e transporte até os centros consumidores. O consumo de água também aumentou consideravelmente, tanto que se tornou necessário cobrar pelo seu uso para pagar os custos para sua purificação e transporte até os usuários.
Os padrões atuais de produção e consumo de energia são baseados nas fontes fósseis, o que gera emissões de poluentes locais, gases de efeito estufa e põem em risco o suprimento de longo prazo no planeta. É preciso mudar esses padrões estimulando energias renováveis, e, nesse sentido, o Brasil apresenta uma condição bastante favorável em relação ao resto do mundo.


Leia mais sobre as fontes e o consumo de energia no nosso país no artigo Energia e meio ambiente no Brasil





Referência: GOLDEMBERG, José; LUCON, Oswaldo. Energia e meio ambiente no Brasil. São Paulo, 2006. Acesso em 16 out. 2014. 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

15 - Dia do Educador Ambiental

O dia do educador ambiental é comemorado no mesmo dia em que se homenageiam os professores. Não é por menos. No fundo, o educador ambiental também é um professor, mas que não transmite simplesmente valores verdes aos seus alunos. É alguém que prioriza a ação efetiva desse alunado no meio ambiente e que prega com ele atitudes coerentes para a harmoniosa relação ser humano-natureza.

Essa pode – e deve – ser tarefa do professor também. Mas a partir do momento em que se considera a educação ambiental uma disciplina transversal na sala de aula, destaca-se o educador ambiental do professor. As atividades se confundem em sala de aula e revela-se que a melhor prática é feita em sua extensão. O pátio da escola, a própria casa, o bosque do parque: extensões das quatro paredes em que se transmite o conhecimento.

Propiciar uma atividade na prática pode ser garantia de um aprendizado efetivo. A conscientização proposta por um educador ambiental segue por esse caminho. Obviamente, às vezes isso não passa de teoria. Até porque registrar que isso é tarefa de um educador ambiental ou pregar que determinadas atitudes são exclusivas desse profissional generalizam e delimitam o campo.

Talvez a própria criação do termo educador ambiental já sugira um estreitamento de significado. O surgimento da nomenclatura, assim, tanto é positivo quanto negativo. O educador ambiental é destacado e ganha um dia para ser homenageado oficialmente. O seu campo de atuação por vezes pode ficar específico demais, como sempre ocorre na categorização de funções.

Enfim, o fato é que no dia 15 de outubro ambos os profissionais – professores e educadores ambientais – merecem oficialmente ser homenageados. De qualquer modo, um educador ambiental não deixa de ser um professor.


 
 
Fonte: Poder Judiciário do Paraná.