VIVAS

quinta-feira, 24 de julho de 2014


Para alguns climatologistas, as emissões de gás carbônico (CO2) geradas pelo ser humano não controlam o clima do planeta

 




Argumentos contra a Teoria do aquecimento global

Segundo a teoria do aquecimento global, a intensificação da atividade industrial no século 20 (baseada na queima de combustíveis fósseis como petróleo e carvão) aumentou a concentração de CO2 na atmosfera. Esse gás é um dos causadores do efeito-estufa, processo natural que mantém a temperatura da superfície quente o suficiente para que haja vida. Portanto, quanto mais CO2 no ar, maior seria a temperatura média. Mas os céticos tentam provar que a Terra sempre passou por ciclos de aquecimento e resfriamento não causados pelo CO2 nem pela ação humana. Para o meteorologista Luiz Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), "o clima global é produto de vários fenômenos, incluindo alguns que ocorrem fora do planeta, como a radiação solar. A conservação ambiental, porém, é necessária para a sobrevivência da humanidade, esteja o planeta aquecendo ou esfriando."

CONTRA A MARÉ Para os céticos, o gás carbônico não seria o vilão das mudanças climáticas globais

*O CO2 não controla o clima global: O aquecimento seria causado pela radiação solar. O Sol tem períodos de atividade máxima e mínima se alternando a cada 50 anos (ciclo de Gleisberg). Essa variação de energia emitida é que aqueceria ou esfriaria o planeta Terra

*O aquecimento não é causado pelos humanos: Entre 1925 e 1946, quando o ser humano lançava menos de 10% do CO2 que emite atualmente, houve um aquecimento de 0,4 °C no planeta. Por outro lado, entre 1947 e 1976, época de aceleração da produção industrial após a 2ª Guerra Mundial, houve um resfriamento global de 0,2 °C. Na última década, a concentração de gás carbônico na atmosfera aumentou, mas a temperatura global se estabilizou. Portanto, a variabilidade climática seria natural e não causada pelo homem.

*O clima global já mudo várias vezes: Há 7 mil e 3 mil anos atrás e entre os anos 800 e 1200 d.C., o clima teria estado até 10 °C mais quente. Nessa época, os vikings colonizaram áreas do Canadá e da Groenlândia que hoje são cobertas de gelo - a concentração de CO2 , porém, era pelo menos 50% menor que a atual. Os céticos alegam que, se há mais CO2 na atmosfera hoje, é porque o volume desse gás sempre reage com 800 anos de atraso em relação às variações de temperatura. É o tempo que leva para o oceano esquentar ou esfriar, liberando ou retendo CO2.

*O gelo do planeta não está derretendo: A variação no volume de gelo flutuante do polo Norte seria causada por ciclos de aquecimento e resfriamento, que duram de 20 a 40 anos no oceano Atlântico Norte. Quando a água mais aquecida passa por baixo dos icebergs, derrete parte do gelo submerso. Com isso, a parte aérea - correspondente a 10% do volume do bloco - não derrete, mas desmorona. O gelo da superfície não derrete porque a temperatura do ar é inferior a -20 °C, mesmo no verão

*O nível do mar não está aumentando: O derretimento de icebergs não eleva o nível de mar, pois o gelo flutuante ocupa o mesmo volume depois de derretido. Dados de satélites mostram que o nível do mar subiu cerca de 5 cm entre 1992 e 2006 e está estabilizado desde então. E já houve oscilações muito maiores (de 12 a 50 cm, em certas regiões) por motivos que nada teriam a ver com o aquecimento global, como a influência da órbita da Lua nas marés e os fenômenos oceânicos conhecidos como El Niño e La Niña.

*Catástrofes naturais deviam diminuir: Fenômenos adversos ocorrem em qualquer condição climática. Secas extremas no Nordeste do Brasil, ondas de calor e furacões extremos nos EUA, por exemplo, foram registrados no fim da Pequena Era Glacial, período frio entre 1350 e 1915. Por outro lado, um cenário de aquecimento global, em tese, diminuiria a diferença de temperatura entre polos e o Equador. Assim, os choques entre massas de ar frio e quente seriam menos intensos, e haveria menos tempestades e furacões violentos.

*Houve fraudes nos relatórios sobre mudanças climáticas: Vários dados publicados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) - (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas Painel Intergovernamental sobre UO Mudanças Climáticas), órgão da ONU dedicado a pesquisar as causas e o impacto do aquecimento global, não têm comprovação científica. Projeções sobre branqueamento de corais, devastação da Floresta Amazônica e das geleiras do Himalaia, por exemplo, são especulativas. Além disso, o IPCC creditou como autores dos relatórios cientistas que não apoiam a tese do aquecimento global.

Oceanos, vegetação e solo emitem 30 vezes mais CO2 que os humanos
No polo Sul, há acúmulo de 300 trilhões de litros de gelo por ano - 4% do volume que o rio Amazonas descarrega anualmente no Atlântico
Uma marcação feita pelo capitão James Clark na Tasmânia, em 1841, mostra que o nível do mar segue o mesmo
Oceanos liberam ou retêm CO2 como os refris: se o líquido aquece, as bolhas escapam; se esfria, o gás fica mais tempo dissolvido no líquido.
Fonte: Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)


 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

CASA FEITA DE GARRAFA PET

 
“Não sou engenheiro nem arquiteto, mas criei uma casa de garrafa pet que custa apenas R$ 8 mil. Como? Troquei os tijolos de cerâmica pelas garrafas descartáveis e assim reduzi o custo da construção. Se tivesse feito tudo da maneira tradicional, teria gasto o dobro!

Trabalho como eletricista numa empresa e não tive condições de fazer faculdade. Mas isso nunca me impediu de ser uma pessoa criativa e preocupada com o meio ambiente. Um dia, quando estava voltando para casa, notei um bocado de garrafas de refrigerante na beira do rio que corta minha cidade, Espírito Santo, no interior do Rio Grande do Norte. Fiquei encucado: que fim dar a esse lixo todo?

Foi aí que comecei a pensar em trocar os tijolos usados na construção das paredes por garrafas pet. Desse jeito, poderia resolver dois problemas de uma vez. Primeiro, ajudaria muitas famílias de baixa renda a sair do aluguel e a comprar seu próprio imóvel. Depois, contribuiria para reciclar um material que polui terrenos, rios e oceanos.

PEDI AJUDA PARA PESQUISADORES Levei mais de um ano fazendo experiências até chegar ao projeto ideal. O pessoal dizia que as paredes ficariam muito leves e iriam voar. Mas eu não desisti e pedi o apoio de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Os testes feitos no laboratório da universidade mostraram que a parede de pet era até mais forte que a de tijolos. Fiquei surpreso. E não era só isso: as garrafas isolavam muito bem os ambientes do calor e dos sons que vinham de fora. Quer dizer, além de ser barata, a casa de pet fica mais silenciosa e fresquinha!

Depois dos testes, fiz as contas e descobri quantas garrafas seriam necessárias para uma casa de 46 metros quadrados com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e varanda. Comprei 2.700 garrafas pet dos catadores e comecei a construção.

Foi um mês de trabalho duro até que a primeira casa ficasse pronta, em dezembro de 2009. Agora, consigo construir a mesma casa em apenas cinco dias, se as paredes já estiverem prontas (veja o passo a passo).

QUERO PRODUZIR A CASA EM LARGA ESCALA
O próximo passo é beneficiar mais pessoas com a minha ideia. Estou em contato com construtoras e com a Secretaria de Habitação do Rio Grande Norte para produzir minha invenção em larga escala.

MUITA GARRAFA SEM RECICLAGEM
Descobri que no Brasil fabricamos mais ou menos 9 bilhões de unidades de pet por ano. Mas, infelizmente, só conseguimos reciclar 50% dessas garrafas. Imagine quantas casas poderiam ser construídas apenas com as garrafas de refrigerante que jogamos fora!

PASSO A PASSO DA CONSTRUÇÃO
1. As paredes são moldadas dentro de fôrmas feitas com madeira e chapas de aço. Coloco as garrafas entre a massa de cimento e areia, como se fossem o recheio de um sanduíche. Dentro da fôrma preparo também as partes hidráulica e elétrica da casa.
2. Hora de fazer o contrapiso de cimento, onde todo o encanamento fica embutido.
3. Depois, as paredes (que não precisam de reboco) são montadas em cima do contrapiso. Elas são "coladas" no chão com a ajuda de 10 cm de concreto.
4. Começa a fase de acabamento, quando se faz a instalação de tomadas e interruptores e colocam-se as portas e as janelas da casa.
5. A estrutura toda deve ser coberta com telha colonial. Depois de pintar tudo, a casa está pronta para morar”
Antonio Duarte, 34 anos, eletricista, Espírito Santo, RN
DA REDAÇÃO: PLÁSTICO EM CASAS DE TODO O PAÍS
Além do Antonio Duarte, alguns centros de estudos do Brasil já perceberam o potencial das garrafas pet na construção de moradias. Em Fortaleza, alunos e professores do curso de engenharia civil da Universidade Federal do Ceará foram mais longe. Não apenas as paredes de uma casa foram feitas com garrafas pet: todos os móveis e peças de decoração foram fabricados com o plástico reciclado.

No Sul, a equipe do Laboratório de Sistemas Construtivos desenvolveu um processo de construção muito similar ao de Duarte, com a estrutura pré-moldada em fôrmas de aço. Eles prometem terminar uma casa de 40 metros quadrados em 48 horas com uma equipe de apenas quatro pessoas. Quem sabe, em breve, o tijolo de cerâmica não será coisa do passado?

Fonte: Planeta Sustentável