VIVAS

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Temperaturas em 2012 devem bater recordes, afirma relatório


O ano de 2012 deve ser um dos mais quentes da história. Dados da Organização Meteorológica Mundial, da ONU, indicaram que o período entre janeiro e outubro deste ano foi o nono mais quente desde que as medições foram iniciadas, em 1850.


As temperaturas se elevaram mesmo com a ocorrência, no início do ano, do fenômeno meteorológico La Niña, que favorece o resfriamento.
Com a dissipação do La Niña, em abril, os termômetros deram um salto. A temperatura entre maio e outubro foi a quarta mais alta já registrada para esse período.
De acordo com o relatório, divulgado ontem durante a COP 18, conferência do clima da ONU que acontece agora em Doha (Qatar), 2012 está sendo marcado por eventos climáticos extremos.
CONSEQUÊNCIAS
O documento destaca as altas temperaturas na América do Norte, Europa e parte da África, além das secas que castigaram boa parte do globo, inclusive a região Nordeste do Brasil.
O degelo recorde no Ártico também recebeu destaque.
No dia 16 de setembro, a cobertura chegou à menor quantidade já registrada desde que a medição por satélite começou: 3,41 milhões de quilômetros quadrados.
O furacão Sandy, que atingiu o Caribe e a Costa Oeste dos EUA, bem como, mais uma vez, a existência de intensa temporada de tempestades tropicais, também foram destacados pelo grupo.
Os EUA, aliás, caminham para o que deve ser o ano mais quente já registrado. Seu vizinho, o Canadá, deve ter a terceira maior média histórica anual.
De uma maneira geral, a temperatura média no planeta ficou 0,45°C mais quente do que o que a de 1961 a 1990.
"As mudanças climáticas estão acontecendo diante dos nossos olhos e vão continuar a atuar como resultado da concentração dos gases-estufa na atmosfera, que tem aumentado constantemente e vai atingir, mais uma vez, novos recordes", comentou em nota Michel Jarraud, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial.



Fonte: Folha S. Paulo


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Protocolo de Kyoto se estende até 2020 na Conferência de Doha.


Os 194 países reunidos na 18ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-18), que ocorre em Doha, no Catar, aprovaram neste sábado a prorrogação do período de validade do Protocolo de Kyoto até 2020, embora alguns países tenham se desvinculado do acordo. Com um dia de atraso e após uma intensa noite de negociações, as autoridades presentes confirmaram a validade do Protocolo de Kyoto, que expirava agora em 2012, por mais oito anos, mas sem contar com Japão, Rússia, Canadá e Nova Zelândia.
O problema é que os países que se comprometeram a reduzir suas emissões durante o segundo período de Kyoto, como os da União Europeia, além de Austrália e Noruega à frente, representam somente um pouco mais de 15% do total das emissões poluentes mundiais. Os Estados Unidos nunca chegaram a ratificar a primeira parte do protocolo e, como o esperado, também não farão parte deste segundo período.
O texto aprovado neste sábado também faz referência ao superávit de emissões do primeiro período de compromisso do protocolo, de modo que Austrália não poderá comprar os direitos de emissão acumulados no período inicial. Em relação à União Europeia (UE), o novo texto menciona que o uso destes excedentes em seu pacote energia-clima não será permitido neste período de 2013 a 2020, assim como Japão, Liechtenstein, Mônaco, Noruega e Suíça.
Além do dia de atraso, a decisão de prorrogação da validade do Protocolo de Kyoto só veio após uma reunião informal entre o presidente da COP, Abdullah bin Hamad Al Attiyah, e as demais autoridades presentes. "O último dia chegou e me encantaria ficar com os senhores por mais tempo aqui, mas peço que ajudem o presidente e aceitem o que podemos oferecer", declarou Al Attiyah na ocasião.
O presidente assegurou que estaria disposto a "abrir a caixa de Pandora e voltar ao ponto de partida", mas, neste caso, os presentes teriam que ficar em Doha "por mais de três semanas". Após seu discurso, Al Attiyah abriu o turno às partes, que ficaram em silêncio. Após uns segundos, o presidente anunciou a convocação do plenário da Reunião das Partes do Protocolo de Kyoto (CMP) para dar início à prorrogação de seu período de validade.
Depois do acordo, as partes discursaram para dar sua opinião sobre o mesmo. Na ocasião, o representante da delegação russa criticou a gestão da Presidência por submeter todos os afastados a votação em bloco, um fato que considerou "sem precedentes". O porta-voz dos Estados Unidos, por sua parte, afirmou que durante estas duas semanas foi feito um "bom trabalho", enquanto a UE insistiu na necessidade de se avançar sobre a questão do financiamento.
A representante da UE exaltou os acordos alcançados, os quais asseguraram a empliação da validade do protocolo em menos de três semanas. A cúpula de Doha deveria ser concluída ontem, mas, na última hora, ainda havia várias frentes abertas nos diferentes grupos de negociação, entre eles, a norma de controle para garantir a transparência no cumprimento dos diferentes mecanismos do Protocolo de Kyoto.
Fonte: TERRA

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Emissões de CO2 batem novo recorde em 2011.



As emissões globais de dióxido de carbono bateram um novo recorde em 2011. Pelo menos é o que aponta nova pesquisa realizada pelo Instituto de Energia Renovável da Alemanha (IWR). De acordo com o estudo, no ano passado, o mundo liberou 34 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera, quantidade 2,5% superior ao último recorde de emissões do planeta, registrado em 2010.

E mais: se a atual tendência de aumento for mantida, a liberação de CO2 na atmosfera irá ter um acréscimo de mais 20% até 2020, aponta o levantamento. Isso representa uma emissão anual de mais de 40 bilhões de toneladas de dióxido de carbono no ar.

China e Estados Unidos, que já são famosos por serem os maiores poluidores do planeta, "seguem empenhados" para não perder o título. Na pesquisa do IWR eles aparecem, disparados, como os países que mais emitiram em 2011. A nação oriental foi responsável por 8,87 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera no ano passado, ocupando a primeira posição do ranking, enquanto a "terra do Tio Sam" aparece com 6,02 bilhões de toneladas.

O terceiro lugar ficou com a Índia, que emitiu 1,78 bilhão de tonelada em 2011 - ou seja, menos de um terço do que o segundo colocado, EUA, emitiu. Já o Brasil ocupou a 12ª posição do ranking, responsável pela liberação de 488 milhões de toneladas de dióxido de carbono no ano passado - mais do que México (464 milhões), Indonésia (453 milhões) e África do Sul (452 milhões).

O mundo precisa de cortes, sem precedentes.

De acordo com relatório da PricewaterhouseCoopers (PwC), o mundo vai ter de cortar as taxas de emissões de carbono em um nível sem precedentes até 2050, para evitar que temperaturas globais subam mais que 2 graus centígrados neste século.
De acordo com a pesquisa, o índice de emissões precisa ser cortado em uma média de 5,1% por ano, começando imediatamente até 2050. Cientistas do clima advertem que a chance de limitar o aquecimento está se tornando menor. As emissões globais aumentaram 3% em 2011, atingindo um recorde, de acordo com a Agência Internacional de Energia.
Mesmo que a taxa de 5% seja alcançada no longo prazo, a descarbonização não terá progresso imediato, o que significa que cortes futuros terão de ser ainda maiores.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Japão investe em energia geotérmica


     YUZAWA, Japão - Tarobee Ito, 69, é o guardião de um legado familiar que sobrevive há mais de 12 gerações: ele administra o Tarobee Ryokan, um tradicional "onsen ryokan" (hotel junto a fontes termais) no desfiladeiro de Oyasu.
No mesmo local, perto da cidade de Yuzawa, no norte do Japão, há cerca de uma dúzia de outros estabelecimentos do tipo.
     Recentemente, o vapor branco dessas fontes também atraiu planos para a construção de uma usina geotérmica na região, considerada um monumento nacional.
   O Japão busca fontes energéticas alternativas -como a geotérmica- desde março do ano passado, quando um tsunami destruiu a usina nuclear de Fukushima Daiichi.
     Os 54 reatores atômicos do país foram paralisados, e só dois retomaram as operações desde então.
   As usinas nucleares forneciam 30% da eletricidade japonesa. Sua interdição causou uma escassez energética nacional.
    Segundo a Associação Geotérmica Internacional, o Japão tem a terceira maior reserva de energia geotérmica do mundo, atrás dos EUA e da Indonésia, mas ocupa apenas a oitava colocação em termos de produção.
    O governo japonês diz que pretende triplicar o uso de energias renováveis, inclusive a geotérmica, até 2030.
   Neste ano, o governo destinou 9 bilhões de ienes (US$ 115 milhões) para levantamentos geotérmicos e solicitou 7,5 bilhões de ienes para continuar o trabalho em 2013. Reservou também 6 bilhões de ienes para um programa de ajuda a desenvolvedores de energia geotérmica e está pedindo 9 bilhões adicionais para prorrogar essa iniciativa.
    A primeira usina geotérmica japonesa começou a funcionar em 1966, numa região próxima a Yuzawa.
    Há, atualmente, 17 usinas geotérmicas no país, mas desde 1974 a construção de novas unidades está suspensa, devido a preocupações ambientais.
   As usinas geotérmicas geram 535 megawatts, ou 0,2% do total nacional. Mas seu potencial é enorme: mais de 20 gigawatts de energia geotérmica poderiam ser produzidos no Japão, segundo um relatório governamental.
   "Ao contrário das energias solar ou eólica, que dependem das condições climáticas, a energia geotérmica é bastante consistente e estável em termos de produção", disse Keiichi Sakaguchi, chefe do grupo de pesquisas geotérmicas do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Industriais Avançadas.
   Quase 80% das reservas geotérmicas japonesas ficam em áreas tombadas como monumentos ou parques nacionais.
   Em março, o governo suspendeu a proibição de novas usinas geotérmicas nesses locais, o que pode resultar em cinco projetos em monumentos e parques nacionais.
   "Muitos moradores da cidade, inclusive eu, apóiam o desenvolvimento da energia geotérmica. Ela nos diferencia dos municípios vizinhos", disse Shoji Sato, 77, presidente da ONG Conselho de Facilitação do Desenvolvimento Geotérmico da Cidade de Yuzawa.
    Sato admite que os operadores de pousadas em Oyasu estão "um pouco nervosos" com o risco de perderem suas águas termais.
    A empresa petrolífera japonesa Idemitsu Kosan é um dos desenvolvedores desse projeto, e seus representantes já se reuniram com líderes comunitários para explicar os planos.
    A Idemitsu quer perfurar um poço exploratório de mais de 1.500 metros para testar o volume e a temperatura das águas termais e dos reservatórios de vapor.
   Outro grande projeto geotérmico está previsto para a Prefeitura (província) de Fukushima. Lá, grupos locais de "onsens" ainda estão avaliando a situação, e o levantamento técnico não foi iniciado.
   Sakaguchi disse que projetos geotérmicos fora do Japão já causaram o esgotamento de duas fontes termais, mas que "a tecnologia para detectar movimentos subterrâneos e a tecnologia de simulação realmente melhoraram nas últimas duas décadas, então o risco é muito menor".
   O desenvolvimento de uma usina geotérmica geralmente leva 20 anos, inclusive por causa da demora em obter a confiança e a cooperação dos locais, segundo Sakaguchi.
Ito, do Tarobee Ryokan, está preocupado. "Parece que há algum risco envolvido", disse. "Nada é um negócio fechado."

Fonte: Folha de S. Paulo

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Estudo mostra que litoral do país perdeu 80% de recifes de corais em 50 anos




O litoral brasileiro perdeu cerca de 80% de seus recifes de corais nos últimos 50 anos devido à extração e à poluição doméstica e industrial, segundo um relatório divulgado neste domingo (23). O estudo aponta ainda que o que restou está ameaçado pelos efeitos da mudança climática.
O estudo "Monitoramento de recifes de corais no Brasil", elaborado pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e pelo Ministério do Meio Ambiente, que começou em 2002 e terminou no ano passado, foi coordenado pela professora Beatrice Padovani, do Departamento de Oceanografia.
O documento, que será apresentado amanhã no Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, realizado em Natal, constata a presença de corais desde a costa nordeste do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia, se espalhando por cerca de dois mil quilômetros do litoral.
As conclusões do estudo, que se baseiam em pesquisas realizadas anteriormente, revelam que em cinco décadas houve uma redução de 80% dos recifes de coral por diferentes causas, entre elas a extração, a poluição, a pesca predatória e o aumento da temperatura dos mares.
"Até a década de 1980, houve muita extração de corais para fabricação de cal no país. Essa remoção era feita com picaretas ou explosivos. Só houve uma redução após a criação de leis específicas", relatou Beatrice.
Além disso, o relatório destaca a mudança climática, o aumento da temperatura dos oceanos e a frequência mais elevada de fenômenos como "El Niño", que aquece a superfície do Pacífico.
"Em 2012, é provável a ocorrência de um novo El Niño. Os recifes que vão sofrer mais serão aqueles em pior estado de conservação, afetados pela poluição, e que podem ser afetados por doenças", alertou a especialista.

Fonte: Folha UOL.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Biogás: A Energia que vem do lixo.

Uma nova iniciativa vem crescendo no país e chamando a atenção de ambientalistas, investidores e claro, pesquisadores, o biogás

Segundo dados do site da organização Eco Desenvolvimento, é desperdiçada anualmente uma quantidade de energia que pode abastecer aproximadamente 18 milhões de residências.

Estimativas divulgadas pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostram que o Brasil gerou mais de 57 milhões de toneladas de resíduos sólidos em 2009, um crescimento de 7,7% em relação ao volume do ano anterior. Só as capitais e as cidades com mais de 500 mil habitantes foram responsáveis por quase 23 milhões de toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos no ano. Agora imaginem todo esse material considerado lixo se tornando energia?!

De acordo com o estudo do potencial da geração de energia renovável proveniente dos “aterros sanitários” nas regiões metropolitanas e grandes cidades do Brasil, da Esalq (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz” da Universidade de São Paulo) o biogás é formado pela decomposição de resíduos orgânicos depositados nos aterros e lixões, e tem como um dos seus principais componentes o gás metano, que é um dos principais causadores do efeito estufa e um grande potencial energético.

Para realizar a transformação do biogás em energia é necessário realizar um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, e o custo da implantação de um empreendimento deste tipo pode ser muito variável. Abandonar o que estamos acostumados nem sempre é fácil. Ainda mais se nesse caso, para adquirir novos hábitos, precisemos pagar mais. É esse o perfil mundial no caso da energia.

Transformando lixo em energia

Antes de transformar o biogás extraído da decomposição da matéria orgânica presente no lixo em energia, deve-se lembrar que é necessário criar todo um sistema de drenos para a sua captação. Outros pontos importantes a serem levados em consideração antes da conversão são o teor reduzido de metano no biogás em comparação ao gás natural e as impurezas presentes que, dependendo da concentração, deverão ser tratadas. Finalmente, para gerar energia serão necessários diversos equipamentos como, por exemplo, caldeira, turbina, trocadores de calor, transformadores e subestação de energia, além de dispositivos de segurança.


Fonte: Infográfico Super Interessante.