As emissões globais de dióxido de carbono bateram um novo recorde em
2011. Pelo menos é o que aponta nova pesquisa realizada pelo Instituto de
Energia Renovável da Alemanha (IWR). De acordo com o estudo, no ano passado, o
mundo liberou 34 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera, quantidade 2,5%
superior ao último recorde de emissões do planeta, registrado em 2010.
E mais: se a atual tendência de aumento for mantida, a liberação de CO2
na atmosfera irá ter um acréscimo de mais 20% até 2020, aponta o levantamento.
Isso representa uma emissão anual de mais de 40 bilhões de toneladas de dióxido
de carbono no ar.
China e Estados Unidos, que já são famosos por serem os maiores
poluidores do planeta, "seguem empenhados" para não perder o título.
Na pesquisa do IWR eles aparecem, disparados, como os países que mais emitiram
em 2011. A nação oriental foi responsável por 8,87 bilhões de toneladas de CO2
na atmosfera no ano passado, ocupando a primeira posição do ranking, enquanto a
"terra do Tio Sam" aparece com 6,02 bilhões de toneladas.
O terceiro lugar ficou com a Índia, que emitiu 1,78 bilhão de tonelada
em 2011 - ou seja, menos de um terço do que o segundo colocado, EUA, emitiu. Já
o Brasil ocupou a 12ª posição do ranking, responsável pela liberação de 488 milhões
de toneladas de dióxido de carbono no ano passado - mais do que México (464
milhões), Indonésia (453 milhões) e África do Sul (452 milhões).
O mundo precisa de cortes, sem
precedentes.
De acordo com relatório da PricewaterhouseCoopers (PwC), o mundo
vai ter de cortar as taxas de emissões de carbono em um nível sem precedentes
até 2050, para evitar que temperaturas globais subam mais que 2 graus
centígrados neste século.
De acordo com a pesquisa, o índice de emissões precisa ser cortado
em uma média de 5,1% por ano, começando imediatamente até 2050. Cientistas
do clima advertem que a chance de limitar o aquecimento está se tornando menor.
As emissões globais aumentaram 3% em 2011, atingindo um recorde, de acordo com
a Agência Internacional de Energia.
Mesmo que a taxa de 5% seja alcançada no longo prazo, a
descarbonização não terá progresso imediato, o que significa que cortes futuros
terão de ser ainda maiores.
Fonte: Planeta Sustentável
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