VIVAS

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Estudo mostra que litoral do país perdeu 80% de recifes de corais em 50 anos




O litoral brasileiro perdeu cerca de 80% de seus recifes de corais nos últimos 50 anos devido à extração e à poluição doméstica e industrial, segundo um relatório divulgado neste domingo (23). O estudo aponta ainda que o que restou está ameaçado pelos efeitos da mudança climática.
O estudo "Monitoramento de recifes de corais no Brasil", elaborado pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e pelo Ministério do Meio Ambiente, que começou em 2002 e terminou no ano passado, foi coordenado pela professora Beatrice Padovani, do Departamento de Oceanografia.
O documento, que será apresentado amanhã no Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, realizado em Natal, constata a presença de corais desde a costa nordeste do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia, se espalhando por cerca de dois mil quilômetros do litoral.
As conclusões do estudo, que se baseiam em pesquisas realizadas anteriormente, revelam que em cinco décadas houve uma redução de 80% dos recifes de coral por diferentes causas, entre elas a extração, a poluição, a pesca predatória e o aumento da temperatura dos mares.
"Até a década de 1980, houve muita extração de corais para fabricação de cal no país. Essa remoção era feita com picaretas ou explosivos. Só houve uma redução após a criação de leis específicas", relatou Beatrice.
Além disso, o relatório destaca a mudança climática, o aumento da temperatura dos oceanos e a frequência mais elevada de fenômenos como "El Niño", que aquece a superfície do Pacífico.
"Em 2012, é provável a ocorrência de um novo El Niño. Os recifes que vão sofrer mais serão aqueles em pior estado de conservação, afetados pela poluição, e que podem ser afetados por doenças", alertou a especialista.

Fonte: Folha UOL.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Biogás: A Energia que vem do lixo.

Uma nova iniciativa vem crescendo no país e chamando a atenção de ambientalistas, investidores e claro, pesquisadores, o biogás

Segundo dados do site da organização Eco Desenvolvimento, é desperdiçada anualmente uma quantidade de energia que pode abastecer aproximadamente 18 milhões de residências.

Estimativas divulgadas pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostram que o Brasil gerou mais de 57 milhões de toneladas de resíduos sólidos em 2009, um crescimento de 7,7% em relação ao volume do ano anterior. Só as capitais e as cidades com mais de 500 mil habitantes foram responsáveis por quase 23 milhões de toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos no ano. Agora imaginem todo esse material considerado lixo se tornando energia?!

De acordo com o estudo do potencial da geração de energia renovável proveniente dos “aterros sanitários” nas regiões metropolitanas e grandes cidades do Brasil, da Esalq (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz” da Universidade de São Paulo) o biogás é formado pela decomposição de resíduos orgânicos depositados nos aterros e lixões, e tem como um dos seus principais componentes o gás metano, que é um dos principais causadores do efeito estufa e um grande potencial energético.

Para realizar a transformação do biogás em energia é necessário realizar um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, e o custo da implantação de um empreendimento deste tipo pode ser muito variável. Abandonar o que estamos acostumados nem sempre é fácil. Ainda mais se nesse caso, para adquirir novos hábitos, precisemos pagar mais. É esse o perfil mundial no caso da energia.

Transformando lixo em energia

Antes de transformar o biogás extraído da decomposição da matéria orgânica presente no lixo em energia, deve-se lembrar que é necessário criar todo um sistema de drenos para a sua captação. Outros pontos importantes a serem levados em consideração antes da conversão são o teor reduzido de metano no biogás em comparação ao gás natural e as impurezas presentes que, dependendo da concentração, deverão ser tratadas. Finalmente, para gerar energia serão necessários diversos equipamentos como, por exemplo, caldeira, turbina, trocadores de calor, transformadores e subestação de energia, além de dispositivos de segurança.


Fonte: Infográfico Super Interessante.
 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Processo transforma chicletes mascados em matéria-prima.


     Osvaldo Leonel Júnior, estudante de química, desenvolveu uma maneira de reutilizar chicletes já mascados, que se torna um dos componentes de uma resina. O novo material se chama Ecogoma e pode ser uma das soluções para dar uma destinação correta para esse material.



Osvaldo mostrando a Ecogoma

     “Após o processamento da goma e transformação, o produto final tem as mesmas características de outro polímero comercial, podendo ser injetado, laminado ou fazer parte de compostos que necessitem das características do polímero, desta forma sua utilização se torna bastante abrangente”, conta Osvaldo, sobre as possíveis utilizações do material.
Osvaldo, que estuda na Faculdade Integradas Regionais de Avaré, em São Paulo, começou a iniciativa com objetivos acadêmicos (sob orientação dos professores Fernando Lanfredi e Otavio Augusto Martins), mas como também é sócio da empresa Ecological Plásticos, conseguiu colocar em prática a produção do composto. A ação é feita em parceria com a TerraCycle, que, além de ter sugerido a proposta de reutilização, fica responsável pelo processo de logística reversa.
      Para ser reutilizado, o material passa primeiro por um processo de triagem, que separa a goma de mascar de outras substâncias. Depois, passa pelos processos de descontaminação química e física. O material é então aditivado, recebendo outras substâncias para formar a resina final. A empresa tem a capacidade de produção de 40 toneladas de Ecogoma por mês.
  
Fonte: Atitude sustentável.


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Boras - Suécia: 99% de reaproveitamento do lixo


A cidade de Boras, na Suécia, tem 105 000 habitantes, 1 500 indústrias e nem 1 grama de lixo. Seus resíduos têm três destinos: 42% são incinerados e convertidos em energia elétrica, 30% são tratados biologicamente e transformados em biocombustível e 27% são reciclados. A reciclagem é feita inteiramente pela população, que se encarrega de separar e levar o material até os postos de coleta espalhados por toda a cidade.
Caminhões recolhem o lixo orgânico (em sacos pretos, destinados à obtenção de biogás em usina inteiramente automatizada) e o resto (em sacos brancos, incinerados em fornos não poluentes). Menos de 1% do lixo é enterrado, porque o imposto para usar aterro é muito alto. O modelo foi iniciado em 1988, com 300 famílias, e é exportado - a universidade local presta assessoria de reaproveitamento de lixo a cidades no mundo inteiro , brasileiras, inclusive (Macaé, no Rio de Janeiro, e Sobral, no Ceará). Localmente, a experiência deu tão certo que falta lixo: o município hoje importa detritos da Noruega para gerar mais energia limpa.
E o esforço continua. O diretor da escola de engenharia da Universidade de Boras, Hans Björk, diz: "Depois do lixo zero, nosso investimento agora é na eliminação total dos combustíveis fósseis".


Fonte: Chique é ser sustentável.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

E o desperdício do lixo continua: apenas 14% das cidades brasileiras possuem coleta seletiva.


Passados dois anos da aprovação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que prevê o fechamento de todos os lixões e a implantação da coleta seletiva em todo o território nacional até 2014, apenas 14% dos 5.565 municípios brasileiros adotaram a coleta seletiva. No caso do estado do Rio de Janeiro, de 92 municípios apenas 25 Prefeituras já usam o modelo de coleta. Os dados são da Pesquisa Ciclosoft 2012, divulgada esta semana pela associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre).


Não bastasse o cenário alarmante do país, há cidades que, apesar de se declararem adeptas da coleta seletiva, cumprem a medida apenas em alguns bairros. Isto acontece na cidade do Rio. Dos seus 160 bairros, apenas 41 são atendidos pelo programa de coleta seletiva da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb), o que equivale a 25% do total.

De acordo com o estudo, só seis prefeituras no país conseguiram desenvolver um programa de coleta capaz de contemplar todo o território de seus municípios e não apenas alguns bairros. É o caso de Curitiba, Londrina, Porto Alegre, Santo André, São José dos Campos e Goiânia. A dificuldade, no entanto, está longe de ser falta de recursos.

Para um dos realizadores da pesquisa, o diretor-executivo da Cempre, André Vilhena, a grande vilã contra a adesão das cidades ao método mais sustentável de recolhimento de lixo não é o custo da operação (que chega a ser 4,5 vezes maior que a da coleta tradicional), mas a ausência de políticas públicas. Principalmente nas grandes cidades do país.

“Dinheiro não falta. As prefeituras das grandes cidades há recursos suficientes para a implementação da coleta seletiva. O que eu verifico é a falta de projetos neste sentido. Há um grande desinteresse”, critica o especialista.

Das 780 cidades que contam com coleta seletiva, em 65% delas a iniciativa é das cooperativas de catadores de lixo e não das Prefeituras. Isto é, os catadores são, na maioria das cidades, os verdadeiros executores da Política Nacional dos Resíduos Sólidos.

Fonte: Jornal do Brasil.